quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Sem água, Hospital de Sousa suspende cirurgias eletivas e ameaça transferir atendimentos para JP e CG

Entre as medidas emergenciais adotadas, foi feita a abertura de um poço, mas a água encontrada não é própria para o consumo e por isso essa alternativa para combater a dificuldade já foi descartada.



Hospital Regional de Sousa

Com quase 70 mil habitantes, uma das maiores cidades da Paraíba enfrenta sérios problemas com a estiagem. O açude São Gonçalo, que abastece Sousa, a 430 km de João Pessoa, no Sertão do estado, está com apenas 13 milhões de m³ da capacidade de armazenamento, o que representa pouco mais de 29% de um total de 44,6 milhões de m³. O município passa por um racionamento que corta o abastecimento de água pelo menos quatro vezes por semana e isso está comprometendo os atendimentos médicos do maior hospital da cidade.
O Hospital Deputado Manoel Gonçalves de Abrantes (Regional) precisou suspender as cirurgias eletivas de tireoide, adenoide, vasculares, cabeça, amídala, urológicas, pescoço, catarata, cistoscopias, hérnia, vesícula e histerectomia. Apenas os atendimentos de urgência e emergência são realizados, mas se não houver uma solução rápida, outros procedimentos terão que ser suspensos ou transferidos para hospitais de Campina Grande e João Pessoa.

A assessoria de imprensa do Hospital Regional de Sousa informa que a unidade de saúde precisa de aproximadamente 70 mil litros de água por dia para operar normalmente, mas com o racionamento e a queda das reservas nos açudes, o HRS está recebendo auxílio de uma viatura do Corpo de Bombeiros que transporta água para o local. Além disso, o Departamento de Água, Esgotos e Saneamento Ambiental (Daesa) e a Secretaria de Agricultura da Paraíba disponibilizam um carro pipa com nove mil litros de água por dia, ou seja, pouco menos de 13% do que é necessário para suprir as necessidades do hospital.
Bombeiros auxiliam no abastecimento do hospital
Foto: Bombeiros auxiliam no abastecimento do hospital

Créditos: Diário do Sertão
Segundo a assessoria, na última quarta-feira (11), foi realizada uma reunião entre a diretora  do HRS, Cláudia Sarmento, e a diretora da Daesa, Margela Nobre, para que até o final de setembro seja desenvolvido um plano que resolva definitivamente o problema da falta de água para evitar desativação de outros serviços do hospital.
Entre as medidas emergenciais adotadas, foi feita a abertura de um poço, mas a água encontrada não é própria para o consumo e por isso essa alternativa para combater a dificuldade teve que ser descartada.
O Hospital Regional de Sousa funciona 24 horas, dispõe de 91 leitos, centro cirúrgico, centro de imagem, e polariza o atendimento de quase 40 cidades.
A seca no interior do estado está trazendo graves problemas para a população de praticamente todas as cidades do Sertão da Paraíba. Clique aqui para ler mais sobre a grave situação de Sousa e aqui para saber mais sobre as dificuldades enfrentadas pelos sertanejos durante a longa estiagem, como os moradores de Taperoá, onde em um ano choveu o equivalente ao registrado em 15 horas na Capital.
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