quinta-feira, 26 de junho de 2014

EDUCAÇÃO CIENTÍFICA PRECISA SER INCENTIVADA NO BRASIL, AFIRMAM ESPECIALISTAS

Incentivar a criação de uma educação científica no ensino básico do Brasil, com o objetivo de consolidar o conhecimento em ciências na juventude. A proposta foi debatida, recentemente, por especialistas do setor, durante a reunião de comemoração do "1° Centenário de Confirmação da Teoria da Relatividade, de Albert Einstein, no Brasil", na Câmara dos Deputados, que teve a presença do Acadêmico Isaac Roitman (foto ao lado).

Segundo o sociólogo e antropólogo, Nildson Álvares Muniz, a intenção não é apresentar teorias complexas como a da Relatividade de forma direta para crianças. Mas abrir um espaço nas escolas para se mostrar conceitos históricos, matemáticos, físicos e filosóficos (muitos deles de pensadores como Einstein) que preparem os jovens e reforce o ensino brasileiro.

"Não é preciso ensinar conhecimentos teóricos. Só o professor estar preparado, o Estado dar boa base e ser competente, além de ter um bom gestor de políticas públicas. Na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) a educação cientifica está em aberto para ser utilizada. Porque não aplicar?", questionou Muniz, um dos palestrantes da reunião.

Para a debatedora e mestra em Direito, professora Patrícia Ponce, faltam incentivos no ensino brasileiro para estabelecer uma educação científica. "No nosso Brasil temos gênios. Há possibilidade de termos sim nossos Einsteins. O que falta, sem dúvida, é o incentivo. Falta o apoio, por isso a importância de ter uma discussão como essa em pauta", destacou Ponce.

"Nós devemos revisitar os grandes pensadores que tivemos, e que fizeram propostas ou sugestões para enfrentar desafios contemporâneos (como o da Educação). Isso é importante para nos fazer lembrar e colher subsídios para melhorar nosso País", ressaltou o professor Isaac Roitman, membro da Academia Brasileira de Ciências.

A reunião preparatória foi presidida pelo deputado Izalci (PSDB-DF), presidente da Frente Parlamentar de Ciência, Tecnologia. Pesquisa e Inovação. O evento contou com especialistas em áreas de vários setores, desde Física a Antropologia e Direito.


Um dia antes, Isaac Roitman também participou de uma reunião da Comissão UnB.Futuro, da qual é coordenador, sobre temas ligados aos impactos que as tecnologias do futuro podem gerar em diversos setores. O encontro teve a participação do professor José Luis Cordeiro, fundador da Singularity University, nos Estados Unidos. Saiba mais na matéria da UnB.Futuro.

(Adaptado da Agência Gestão CT&I)
Fonte: Portal da ABC, 28.05.2014

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